terça-feira, 30 de setembro de 2014

Talismã de Marte, Oração de São Jorge e Oração a Santo Antônio Pequenino

O ano de 2015 terá a regência de Marte (leia AQUI também) e como se fosse um presente antecipado dos deuses, dando uma limpeza nas gavetas, encontrei bem lá no fundinho de uma delas, duas preciosidades, relíquias de meu pai:
um Talismã de Marte com a Oração de São Jorge e a Oração de Santo Antônio Pequenino (para fechar o corpo).
Seguem as imagens e logo em seguida as orações transcritas.
Curiosamente, hoje é terça-feira, dia da semana consagrado a Ogum e a Santo Antônio.
Valeu, meus Santinhos queridos!

 



***

Oração ao Glorioso São Jorge
(Ogum)

São Jorge, militar valoroso, que com a vossa lança abatestes e vencestes o dragão feroz, vinde em meu auxílio, nas tentações do demônio, nos perigos, nas dificuldades, nas aflições. Cobri-me com o vosso manto, ocultando-me dos inimigos e dos perseguidores. 
Protegido por vós, andarei por todos os caminhos, viajarei por todos os mares, de noite e de dia, e os meus inimigos não me verão, não me ouviram, não me acompanharão. 
Sob a vossa proteção, não cairei, não derramarei o meu sangue e não me perderei. Assim como o Salvador esteve nove meses no seio de Nossa Senhora, assim eu estarei bem guardado e protegido, sob o vosso manto, tendo sempre São Jorge* a minha frente armado de sua lança poderosa, São Jorge guerreiro vencedor do dragão, orai por nós.
* (Rezar um credo e uma Pai Nosso)

***
Oração de Santo Antônio Pequenino
(para fechar o corpo)

Santo Antônio Pequenino, Vós me guie em bom caminho, sete estrelas me iluminem, sete anjos me acompanhem, para o cão não me tentar nem de dia, nem de noite, nem na hora que eu for deitar.


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Originalidade nos cartões de visita

Segundo o dito popular " a propaganda é a alma do negócio" mas se ele vier acompanhada de uma boa dose de criatividade, melhor ainda.
Dá uma olhada nestes cartões de visita e "otras cositas más".

Cartão de visita de sommelière


Cartão de visita de dentista


Cartão de visita de jardineiro


Mini desentupidor com telefone para contato


Cartão de visita de uma queijaria 
 


 Cartão de visita ecológico
 


Cartão de visita de maquiador
 


Cartão de visita de ferramenta de bicicleta
 

Canudo de escola de yoga


Confira mais em:

sábado, 27 de setembro de 2014

Como se faz uma colher de pau?

Quem diria que assistir à criação de uma colher de pau fosse tão interessante...

Jimmy DiResta, artesão nova-iorquino, interessa-se por descobrir a complexidade oculta por trás de objetos banais. Coisas que usamos em nosso cotidiano e nem nos damos conta de que, um dia, alguém precisou se dedicar a projetá-las ou a criá-las com as próprias mãos.

Para redescobrir o processo de produção desses objetos, DiResta lança a si mesmo o desafio de criar sem saber ao certo como fazer isso. Ele gosta de aprender fazendo.

No vídeo abaixo o vemos trabalhando em uma colher de pau. A matéria-prima é um pedaço de pinho-amarelo encontrado em uma caçamba de entulho de Nova Iorque.
Vê-lo em ação é algo quase hipnótico.


 


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

3º Encontro REDE Terreiro Contemporâneo de Dança em BH - 30 de Setembro a 04 de Outubro de 2014



O Encontro da REDE Terreiro Contemporâneo de Dança é um projeto da Associação SeráQuê? Cultural contemplado pelo PRÊMIO FUNARTE KLAUSS VIANNA 2013. Em sua terceira edição, o principal objetivo desse evento, é reunir gestores, produtores, artistas e articuladores da dança para refletir e confrontar informações; praticar por meio de oficinas, tratados técnicos e estéticos originários das matrizes africanas e afrodescendentes; apreciação artística de espetáculos, performances e filmes relacionados ao conceito Dança Negra.

O evento se dará, entre os dias 30 de setembro e 04 de outubro de 2014, na cidade de Belo Horizonte.  

APRESENTAÇÃO DO PROJETO Terreiro Contemporâneo de Dança - reflexão, prática e troca de informações    

Terreiro - Espaço de terra amplo, plano e vazio, onde se cultuam ideias. 
Contemporâneo - Que é do tempo atual; dos homens dos tempos de hoje. 
Dança- Idas e vindas; arte; movimento incessante.   
A ressonância de conversas entre representantes e promotores de Arte apontou para a criação de um circuito de eventos. Uma REDE onde os cruzamentos luminosos das iniciativas de produtores, artistas independentes e pensadores que observam, valorizam e se inspiram na afrodescendência possam difundir pensamentos, práticas e produtos culturais. Em observância a essa demanda surge o movimento batizado de Rede - Terreiro Contemporâneo de Dança. Esse movimento propõe colaborações que promovem foco sobre as danças negras contemporâneas, tradicionais e patrimoniais, com o intuito de gerar visibilidade aos circuitos de eventos para apreciação e reflexão sobre essas experiências artísticas. 
A Rede - Terreiro Contemporâneo de Dança articula ENCONTROS promovendo a difusão de pensamentos, registros e publicações de obras produzidas com base no universo cultural negro-diaspórico e africano. Um evento privilegiado para visualizar a multiplicidade de fazeres, identificados com a produção da dança inspirada nas matrizes africanas no país, explicitando diferentes abordagens; artísticas, educacionais e de pesquisa.   

Fez se um encontro com pessoas da arte, que pensam a partir da arte, com foco na arte para pensar a diversidade da produção de dança, cronologicamente falando, na contemporaneidade no Brasil e o que isso significava. Naquele momento essa conversa ressoou em várias cabeças e corpos. Essa ressonância criou em vários pontos do Brasil a necessidade de se levantar eventos e ações e conectar as iniciativas dessas pessoas no sentido de pensar essa diversidade. Levando em consideração o fato do Brasil ser o segundo país em densidade populacional negra, esse recorte da diversidade e da cultura foi valorizado. Já era um foco e estava sendo discutido no Fórum de Performance Negra e especificamente, as ressonâncias se espalham pelo Brasil no fazer de cada um. Como essa diversidade pode vir a somar na cultura, no fazer e no ler desse tempo contemporâneo no Brasil? A REDE Terreiro se desenvolve neste contexto.

Aqui em Belo Horizonte, a SeráQuê? Cultural, através de um edital, propôs ao Ministério da Cultura  pela Secretaria de Diversidade Cultural, programa Ponto de Cultura, promover um encontro. Este primeiro encontro aconteceu no ano de 2009 no barracão do terreiro de candomblé Ilê Wopô Olojukan. Vieram a Belo Horizonte artistas, pensadores, articuladores culturais de São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Espírito Santo. E num processo de roda, onde a circularidade e horizontalidade eram o mote, nós trocamos pensamentos, impressões estéticas, reflexões ao ponto de alimentar aqueles multiplicadores daquela ideia; saindo Brasil a fora dando continuidade a esta história. Pontos luminosos de uma grande rede: aqui em Belo Horizonte, as ações do Festival de Arte Negra, do Coletivo Negraria, do Família de Rua. Em outros estados, na Bahia Elísio Pitta realiza o EIDAN encontro internacional de Dança Negra; no Rio de Janeiro, a Barbot Companhia de Dança, aliás, o espaço deles se chama Associação Terreiro Contemporâneo; a Carmen Luz, também no Rio de Janeiro, fizeram outros eventos, agrupando nomes e dando valor e visibilidade a este segmento da cultura nacional que é a cultura negra. - Depoimento de Rui Moreira em 30/08/2012 no Auditório do Memorial Vale, em Belo Horizonte por ocasião da abertura do segundo Encontro da Rede.   

DANÇAS NEGRAS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO 
A diferenciação entre os termos dança negra e dança afro-americana sugerem avaliações construídas entre os espaços da recepção e as estratégias da crítica. Essas considerações gerais nos oferecem a dimensão da diversidade e do problema em perfilar na nossa contemporaneidade as expressões artísticas de dança que dialogam com as matrizes corporais africanas ou afro-brasileiras. O que une estes produtores? Todos estão envolvidos num mesmo estilo de dança? Quais são os pontos comuns neste fazer tão múltiplo que autorize uma identificação comum? Se as danças de matrizes afro percorrem diversos espaços, dos terreiros das comunidades negras aos palcos italianos dos grandes teatros; das vivências de fiéis das religiões afro-brasileiras aos procedimentos coreográficos dos intérpretes criadores contemporâneos qual o interesse em criar redes que conectem expressões tão díspares? De acordo com o tempo histórico e contexto sociopolítico, esta dança já foi nomeada como étnica, folclórica, primitiva, afro-primitiva, afro-brasileira, negra, afrodiaspórica, negra contemporânea, entre outras classificações. A despeito da diversidade de nomes todas essas categorizações conectam-se através de referências compartilhadas que cruzam elementos da história de cada criador, sua formação artística, o reconhecimento de linhagens coreográficas construídas pelas relações com mestres e bailarinos da velha-guarda, sua inserção no campo de produção cultural e seus comprometimentos políticos e sociais.  Ação de extrema importância no momento em que no país estabelece como prioridade procedimentos para os cruzamentos institucionais dos setores Cultura e Educação. No ano de 2004 instituiu se através de  lei, a de numero 10.639, diretrizes curriculares nacionais para que a Educação promova Relações Étnico-Raciais tornando obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas, em todos os níveis. Por essa visada, a apreciação e discussão da corporeidade afrodescendente a partir de reconhecimento de uma arte com foco nas culturas negras do planeta constitui se um instrumento para exercitar esta determinação legal. Uma mudança de paradigmas políticos nacionais abriu diálogos entre as culturas e possibilita propor circuitos para difusão das experiências artísticas concentradas nas abordagens da afrodescendência e da africanidade. De um modo geral, essas iniciativas privilegiam os discursos daqueles que estão conectados com uma dimensão do fazer de dança. Estimulam a projeção de referências regionais, legitimando práticas artísticas na história da dança negra brasileira, assim como, esforçam-se por fomentar a produção de novos artistas locais. De um modo geral, esses encontros resultam das articulações políticas de seus próprios produtores, cada vez mais organizados na constituição de estratégias comuns de produção cultural. Seus participantes circulam entre essas agendas, que se constituem como espaço de reflexão e permitem o cotejamento entre os tensionamentos da dança negra na contemporaneidade, pensada por e entre seus próprios produtores. Além de capitalizar visibilidade aos seus integrantes, constituem espaços de autorrepresentação, ao mesmo tempo, que questionam sobre os limites de sua abrangência.   

"O Brasil é um país eminentemente negro. Basta olhar. A população do Brasil é formada de 60 a 70% de descendentes de negro. Descende racialmente do ponto de vista físico, mas principalmente culturalmente. Os modos de ser, a religião, os costumes, a culinária as festas... tudo isso no Brasil têm uma dimensão negra importantíssima... as artes plásticas, a dança... tudo tem uma presença negra muito forte, portanto o Brasil ou se assume como negro ou não é nada! Se você tirar a vertente negra da vida brasileira o Brasil desmorona. Então, portanto a questão negra não é um interesse dos negros; é um interesse do conjunto da sociedade e o interesse do corpo inteiro do país. Portanto tudo que ajuda a nação a assumir seus compromissos com seu lado afro descendente é melhor para a nação - trecho do depoimento de  Gilberto Gil enquanto ministro de estado da Cultura na abertura do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte."       

REDE  - TERREIRO CONTEMPORÂNEO DE DANÇA, UMA AÇÃO CONTINUADA. 
A 1ª edição ou encontro da REDE  - Terreiro Contemporâneo de Dança foi promovida pela Associação SeráQuê? Cultural, e teve como lugar o barracão do Terreiro de Candomblé - Ilê Wopô Olojukan, casa de Oxóssi, tombada pelo patrimônio histórico, em Belo Horizonte (MG). Teve recursos do Edital para Pequenos Eventos/Prêmio Areté - lançado pela Secretária de Cidadania Cultural dentro do Programa Cultura Viva e apoio do Ministério da Cultura e aconteceu nos dias 28 e 29 de Novembro de 2009. 
O 2ª encontro contou com o patrocínio da LEI FEDERAL de INCENTIVO à CULTURA e PETROBRÁS, a realização do CADON em parceria com a FUNDAÇÃO PALMARES, a idealização e produção da SERÁQUÊ? CULTURAL, com o apoio do CENTRO CULTURAL VIRTUAL  e do MEMORIAL MINAS GERAIS VALE e aconteceu nos dias 29, 30 e 31 de Agosto, 01 e 02 de Setembro de  2012. As aulas, palestras e performances foram transmitidas on line, em tempo real, pelo Centro Cultural Virtual SeráQuê? O 3ª encontro tem caráter intercontinental. A sugestão da programação proposta visa estimular ações que contextualizem e dialoguem de fato com a implementação das diretrizes e bases da educação nacional que têm a obrigatoriedade da temática Historia e Cultura afrobrasileira e africana no currículo da oficial da rede de ensino. O objetivo maior deste encontro é lançar a pedra fundamental para a criação de um núcleo de estudos e pesquisas com formação profissional em arte negra no Brasil. A ESCOLA INTERCONTINENTAL DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ARTES DO BRASIL pretende fomentar as possibilidades de formulações de políticas de intercâmbio no universo das artes. Contamos para o desenvolvimento deste ambicioso projeto, com a anuência e colaboração dos diretores da École des Sables (Escola de Areias) para discutir  as bases para esta escola intercontinental. A École des Sables é um núcleo de formação profissional em dança situada no Senegal, em uma vila de pescadores chamada Toubab Dialaw que foi idealizado e realizado por uma reconhecida personalidade da dança mundial, Germaine Acogny e seu esposo Helmut Vogt. No período de 1977 a 1985 ela foi assistente de Maurice Bejart no projeto Mudra Afrique e em 1994 criou a École des Sables - Centro de formação profissional de Danças Africanas tradicionais e contemporâneas. Este Centro de formação atende a todas as regiões africanas. Acolhe as Áfricas lusófona, francófona, anglófona e hispanófona, cada qual com sua manifestação cultural original, além de manter convênios e intercâmbios com escolas e universidades na Europa, Ásia, América Central, América do Norte e agora também com a América do Sul. Desde o ano de  2005 a Associação SeráQuê? Cultural realiza relações de intercâmbios, artísticos com este núcleo africano. Uma parceria possibilitada através de projetos da Embaixada do Brasil no Senegal.  


PROGRAMAÇÃO   

30/09 TERÇA-FEIRA  
/ SESC PALLADIUM /
- 10 às 12h - Roda de apresentação institucional / Cerimônia de Abertura  (programação restrita a convidados)   
Local: Sala de Cinema.   
- 16 às 18h - Exibição do documentário: Cassa Cassa   
Comentários: Germaine Acogny e Patrick Acogny   
Local: Sala de Cinema.   
- 19 às 21h - Roda 1   
Tema: Gestão: administração de projetos de  intercâmbio cultural   
Discussão sobre mecanismos e financiamento para intercâmbios artísticos culturais.   
Debatedores: Fabiano Carneiro (Rede Funarte Ibero Americana), Helmut Vogt (Administrador da École des Sables), Ibrahima  Gaye (Consul Honorário do Senegal)   
Mediação: Rui Moreira   
Local: Sala de Cinema   

01/10 QUARTA-FEIRA 
/ SESC PALLADIUM / 
- 10 às 12h - Oficina: Dança Moderna Africana   
Ministrante: Germaine Acogny   
Local: Sala Multiuso   

/ MEMORIAL MINAS GERAIS VALE / 
- 14h - Tributo à Mercedes Baptista 
Exibição do filme documentário - Balé de Pé no Chão 
Local - Casa da Ópera   

/ SESC PALLADIUM / 
- 15 às 19h - Roda 2   
Tema: Didáticas e pedagogias para o ensino das danças negras   
Pedagogos com larga experiência em formação de dançarinos expõem suas metodologias e reflexões sobre os diversos corpos do atlântico negro.   
Debatedores: Germaine Acogny, Patrick Acogny, Edileusa Santos, Luciane Ramos   
Mediação: Evandro Passos   
Local: Teatro de Bolso Júlio Mackenzie   
- 20h - Espetáculo AFRO- DiTES / Kaddu JIGEEN ! (Senegal)   
Local: Grande Teatro 

02/10 QUINTA-FEIRA 
/ CORPO ESCOLA DE DANÇA / 
- 09 às 11h - Oficina: Nova Dança Negra   
Ministrante: Patrick Acogny   
Local: Teatro  
- 11 às 13h - Roda 4      
Tema: Dança manifestação patrimonial da humanidade.   
Confluências entre tradição e contemporaneidade.   
Debatedores: Germaine Acogny, Patrick Acogny, Tcharles Avner   
Mediação: Marianna Monteiro   
Local: Sala de exposições   

/ FUNARTE MG / 
- 15 às 17h - Oficina: Dança Afro Contemporânea   
Ministrante: Luiz Monteiro   
Local: Galpão 2   
- 17h30 às 19h30 - Oficina Roda de Djembe   
Ministrante: Evandro Passos   
Local: Circulo Central   

/ MEMORIAL MINAS GERAIS VALE /
- 19h - Tributo à Mercedes Baptista 
Exibição do filme documentário - Balé de Pé no Chão 
Apresentação - Marianna Monteiro 
Local - Casa da Ópera   

/ FUNARTE MG / 
- 20h  - Espetáculo: Definitivo é o Fim    
Rui Moreira Cia. de Danças    
Local: Galpão 4   

03/10 SEXTA-FEIRA 
/ SESC PALLADIUM / 
- 10 às 13h - Roda 3 
Tema: Sonoridades das danças negras Quais sonoridades embalam artistas e pedagogos de dança e de musica, ao ter como foco a diversidade cultural dos fluxos e refluxos África/Diásporas/África? 
Debatedores: Gil Amâncio, Ricardo Aleixo, Mamour Bá 
Mediação: Edileusa Santos 
Local: Teatro de Bolso Júlio Mackenzie   

/ MEMORIAL MINAS GERAIS VALE / 
- 14h - Tributo à Mercedes Baptista 
Exibição do filme documentário - Balé de Pé no Chão 
Local - Casa da Ópera   

/ SESC PALLADIUM / 
- 16 às 18h - Exibição do documentário: Um Filme de Dança   
Comentários: Carmem Luz   
Local: Cine Teatro de Bolso Júlio Mackenzie   
- 19 às 21h -  construindo caminhos : reflexão (programação restrita a convidados) 
Reunião entre participantes para a escritura de documento institucional sobre o encontro. 
Relatora: Luciene Ramos 
Local: Teatro de Bolso Júlio Mackenzie   

04/10 SÁBADO   
/ MEMORIAL MINAS GERAIS VALE / 
- 14h - Tributo à Mercedes Baptista 
Exibição do filme documentário - Balé de Pé no Chão 
Local - Casa da Ópera   

/ SESC PALLADIUM / 
- 16 às 18h - Exibição do filme: Esse Amor que nos Consome   
Comentários: Rubens Barbot e Gatto Larsen   
Local: Cine Teatro de Bolso Júlio Mackenzie     

ENDEREÇOS  

/ SESC PALLADIUM / Av. Augusto de Lima, 420 - Centro, Belo Horizonte 
/ FUNARTE MG / Rua Januária 68 -  Floresta - Belo Horizonte 
/ MEMORIAL MINAS GERAIS VALE / Praça da Liberdade - Savassi, Belo Horizonte 
/ CORPO ESCOLA DE DANÇA /  Av. Bandeirantes, 866 Mangabeiras, Belo Horizonte   

Autor / Fonte:Rui Moreira




domingo, 21 de setembro de 2014

Ela está chegando!

Arrumando as gavetas do armário, encontrei no calendário de 2012 da APBP, esta sugestiva imagem referente ao mês de Setembro.
Logo me lembrei que amanhã, dia 22 de Setembro de 2014, começa a Primavera, que segundo o INPE iniciará às 23h29 .
imagem: Época das Flores - pintado com a boca por Natalina Marcantoni

Já pensou? Recebe-la num carro repleto de flores?
Seria lindo!
Boa Primavera para todos nós!


sábado, 20 de setembro de 2014

Templo Zen das Alterosas:o primeiro templo budista de BH abre suas portas hoje

fonte da  imagem: Estado de Minas
Em uma cerimônia tipicamente oriental, Belo Horizonte ganhou seu primeiro templo budista neste sábado, 20 de Setembro/2014. 
Situado na Rua Itaparica, 245, Bairro Serra, o Templo Zen das Alterosas promoverá dois encontros de meditação por semana. 
Contatos no (31)3227-1334

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Contos de Ifá: um interativo que conta a história de orixás de forma educativa

Encontrei este interativo na página do Facebook de uma amiga que me chamou a atenção: "Contos de Ifá" - um site-jogo baseado no oráculo Ifá. 
Segue abaixo as explicações sobre o interativo. 
Antes porém, vou dar meu pitaco por aqui. 
Entrei no site e achei tudo muito bom, mas confesso que tive dificuldade em " manuseá-lo". 
Para que você não tenha as mesmas dificuldades que eu tive, deixo aqui um breve manual de instruções:

A imagem ao lado é a tela inicial, para ler a lenda de um dos 4 orixás, o cursor deve estar dentro do barra lateral na cor cinza, na medida em que você vai rolando, o texto aparece. Os ícones ao lado, na faixa azul escuro, são pela ordem em que aparecem a começar pelo X: índice 1, índice 2, jogar o interativo, final e home (página inicial).

Espero que meu "manual de instruções" tenha sido útil.
Agora vamos jogar.
Ah, se quiser saber sobre o que é o Ifá e os Orixás que estão no interativo, aqui no blog tem:


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Site-jogo Contos de Ifá conta história de orixás de forma educativa

O projeto conta com a criação do site-jogo baseado na Matriz Africana Contos de Ifá, além de oficinas e interação com a comunidade de Olinda. O lançamento do projeto será no próximo sábado, 6, com entrada gratuita na Sambada de Coco, em Guadalupe, Olinda, e contará com uma roda de conversas com a própria comunidade sobre o projeto.

Contos de Ifá é uma plataforma educativa de jogos de aventura baseada na mitologia de matriz africana construída a partir de uma narrativa lúdica com 4 fases as quais representam, cada uma, a história de um orixá: Exu, Ogum, Oxóssi e Omolu. Esta é a primeira versão do jogo.

A plataforma é uma iniciativa do Terreiro Ilê Axé de Oxum Karê, do Centro Cultural Coco de Umbigada de Olinda e da 3Ecologias, empresa que desenvolve ambientes de interação na web e aplicativos para computação ubíqua.

O projeto tem incentivo do Funcultura e apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e do Fundo Brasil de Direitos Humanos.  A plataforma também conta com o incentivo do Ministério da Cultura e ganhou o prêmio Cultura Digital. 
O web jogo estará disponível ao público no endereço: 
O site é todo construído em software livre e seu acesso é gratuito.



Fonte do texto:
http://tvpe.tv.br/noticias/site-jogo-contos-de-ifa-e-lancado-no-proximo-fim-de-semana-6-em-guadalupe-olinda/

domingo, 14 de setembro de 2014

Sûtrâtmâ - Ovo Áureo - Pranâtman


*Sûtrâtman ou Sûtrâtmâ (sânscrito) - Literalmente: "Fio do Espirito"; o Ego imortal; a Individualidade que se reencarna no homem, vida após vida, suas inumeráveis personalidades enfileiradas como contas de um rosário nu cordão. O ar universal que sustenta a vida, Samashti pran; a energia universal. [É o "fio" argênteo que se reencarna do principio ao fim do manvantara, enfileirando em si mesmo as personalidades da existência humana ou, em outros termos, o aroma espiritual de cada personalidade, que segue de um extremo a outro a peregrinação da vida.(Doutrina Secreta, III,446). Ver Ovo áureo e Pranâtman.]

*Ovo Áureo - Também chamado de "Ovo Luminoso" ou Invólucro áureo. É uma espécie de aura magnética, sutilíssima, invisível, de forma ovalada, que envolve cada homem e que é a emanação direta: 1º do Raio âtmico em seu triplo aspecto de criador, conservador e destruidor (ou regenerador) e 2º) do Buddhi-Manas (alma espiritual). O sétimo aspecto desta Aura individual é a faculdade de assumir a forma do corpo e se converter no Radiante, o luminoso Augoeides. (Augoeides é um termo obscuro que significa "corpo luminoso" e utilizado também para se referir aos planetas. Aleister Crowley considerava o termo para se referir ao Santo Anjo da Guarda de Abramelin; o Atman do Hinduísmo o Daemon dos gregos antigos.)
No momento da morte, o Corpo áureo assimila a essência do Buddhi e do Manas e se torna o veículo destes princípios espirituais, que não são objetivos, e recebendo do alto a radiação plena do Atman, ascende como Manas Tai-jazi, o estado devachânico. Pelo fato de refletir todos os pensamentos, palavras e ações do homem, o Ovo áureo é o conservador de cada registro Kármico e também é o armazém de todos os poderes humanos, bons ou maus, recebendo e distribuindo à vontade - melhor dizendo, com o único pensamento - todas as potencialidades, que se convertem em potências em atividade. O Ovo áureo contém o homem divino e o homem físico e está diretamente relacionado com ambos. Esta Aura é o espelho no qual os sensitivos e clarividentes percebem o verdadeiro homem e o veem tal como é, não como parece ser. É designada por vários nomes: É o Sûtrâtmâ, o fio argênteo que se encarna do princípio ao fim do manvantara, recolhendo o aroma espiritual de cada personalidade. Dá ao homem sua forma astral, na qual é modelada a entidade física, já como feto ou como menino ou como homem e é também o material do qual o Adepto forma seus corpos astrais.

*Pranântman (ou Prâna-âtman) - O mesmo que Sûtrâtman o eterno germe-fio, no qual encontram-se enfileiradas, como contas de um rosário as vidas pessoais do ego.

Helena Petrovna Blavatsky - Glossário Teosófico

Fonte da imagem:
http://www.srimadbhagavatam.org/canto8/chapter14.html#Text%201

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Os Mistérios de Eleusis

“Feliz é o mortal que presenciou os Mistérios Eleusínios. Abençoados são seus olhos que os viram, pois após a morte a jornada da sua alma será diferente daqueles que não foram iniciados.”
Homero


texto de Mirella Faur

Os Mistérios Eleusínios constituem o segredo mais bem guardado do mundo antigo. Originários de Creta como um festival de outono dedicado à deusa Deméter e reservado somente às mulheres, eles foram expandidos e abertos a todas as pessoas se fossem adultas, falassem grego e não tivessem cometido nenhum crime. Iniciados na metade do segundo milênio a.C., os Mistérios Eleusínios perduraram por quase dois milênios sem que ninguém revelasse nada a respeito dos rituais e das iniciações. O pouco que se sabe foi divulgado pelos comentários literários, pelas referências históricas ou nas difamações cristãs sobre as práticas pagãs.

A palavra Eleusis simbolizava “O lugar da chegada feliz” e deu origem ao termo “Campos Elísios”, sinônimo do paraíso pré-helênico. A palavra Mistério tem como raiz a palavra mueín, que significa “fechar”, tanto os olhos quanto a boca, ressaltando a obrigatoriedade do segredo e do isolamento durante a iniciação.

Os candidatos deveriam primeiramente submeter-se a uma iniciação durante os Mistérios Menores, realizados na proximidade do equinócio da primavera, para poder participar dos Mistérios Maiores, realizados na proximidade do equinócio de outono. Desconhece-se a verdade sobre esta iniciação, sabendo-se apenas que incluía testes de coragem e práticas ascetas.

Os Mistérios Maiores eram celebrados a cada cinco anos e tinham duração de nove dias. Os candidatos chegavam a Atenas vindos de todas as partes do mundo helênico e romano. No primeiro dia, reuniam-se para atender às chamadas dos sacerdotes e receber suas instruções. No segundo dia, purificavam-se mergulhando no mar e fazendo as primeiras oferendas (leitões). O terceiro dia era dedicado às cerimônias e oferendas oficiais em benefício da cidade de Atenas e do povo grego. No quarto dia, conhecido como Asklepia, novas purificações eram feitas em homenagem a Asclépio, o deus da cura. No quinto dia, dava-se início à procissão que percorria os 32 km que separavam as cidades de Eleusis e Atenas. As sacerdotisas carregavam os objetos sacros, purificados no mar, em grandes cestos chamados Kista. Os iniciados vestiam túnicas brancas e cantavam, dançavam e invocavam as divindades, cujas estátuas eram levadas em carruagens.

Nos limites da cidade de Eleusis, figuras mascaradas encenavam parte do mito de Deméter expondo, por meio de sátiras e deboches, os vícios, erros e defeitos humanos. Dessa forma, esperava-se que os velhos Eus morressem e dessem lugar à renovação. Ao cair da noite, o jejum de três dias terminava e havia uma grande festa do lado de fora do Santuário. O sexto dia era reservado ao descanso, à purificação, ao jejum, à introspecção e ao silêncio.

Quando as primeiras estrelas apareciam no céu, os iniciados tomavam o Kyklon, bebida sagrada preparada com centeio fermentado e hortelã, e entravam no santuário de Telesterion. Desconhecem-se os rituais ali praticados. Sabe-se somente que havia três estágios: a iniciação, em uma gruta subterrânea, em que os iniciados passavam por provas e testes; a morte simbólica, em que os iniciados “renasciam”, sem mais temer o fim da vida física por terem “visto” a continuidade de jornada da alma; e a encenação do mito de Deméter e Perséfone. Nesse momento, reproduzia-se a busca de Deméter por sua filha Perséfone, raptada por Hades, deus do mundo subterrâneo, festejando-se, ao final, sua volta à vida na Terra, após os rigores do inverno simbolizando sua ausência.

O final das celebrações era marcado pelo sacrifício de animais, celebrando com danças e cantos o último gesto ritualístico dos sacerdotes: o derramamento de água sobre o chão, invocando a chuva para conceber a vida na terra. Esse ato simbólico revelava o profundo simbolismo dos Mistérios de Eleusis – o casamento sagrado da chuva celeste com a terra fértil e receptiva para conceber o filho, representado nos grãos dos cereais. Para os iniciados, que viviam da terra e de seus ciclos e estações, os Mistérios representavam a confirmação sagrada de que a morte era seguida do renascimento, assim como a vegetação morria no outono e renascia na primavera, acordando de um sono profundo, por vezes comparado à própria morte.

imagem: Goddess Card Pack by Juni Parkhurst

Adaptando o mito de Deméter e Perséfone à nossa realidade, podemos melhor compreender a necessidade dos rituais de iniciação. Ao proporcionarem a visão dos medos, limitações e defeitos que restringem a evolução de nossa alma, os rituais apontam para a possibilidade de uma morte egóica que levará a uma renovação transcendental. As mulheres podem encontrar no mito de Perséfone um exemplo de coragem para descer ao mundo subterrâneo de seu inconsciente, atravessar as sombras e emergir para a luz.


Fontes das imagens
http://revradiotowerofsong.org/9schoolofthenight.html
http://landofgoddesses.wordpress.com/2012/02/17/

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Google doodle homenageia Leon Tolstói

Enquanto houver matadouros, haverá campos de guerra.
Tolstói

Tolstói em 1908

Não tenho o hábito de entrar na página do Google, mas hoje por obra do "acaso" comecei minha navegação por lá.
Tive uma grata surpresa ao deparar com o belíssimo doodle em homenagem a Tolstói.
Devo confessar que não conhecia muito de sua obra, me recordo vagamente que nos tempos de escola, e por ignorância minha, achava que ele era apenas mais um "comunista da União Soviética "...
Ignorância MESMO!

Segue abaixo um pequeno vídeo com as imagens do doodle, se quiser vê-lo no original, clique AQUI.




Um pouco sobre Tolstói:

"Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e ideias contrastavam com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.
Junto a Dostoiévski, Turgueniev, Gorki e Tchecov, Tolstoi foi um dos grandes mestres da literatura russa do século XIX. Suas obras mais famosas são Guerra e Paz, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia, e Anna Karenina, onde denuncia o ambiente hipócrita da época e realiza um dos retratos femininos mais profundos e sugestivos da Literatura.
Morreu aos 82 anos, de pneumonia, durante uma fuga de sua casa, buscando viver uma vida simples."
Continue lendo AQUI

Obras citadas no doodle:
Guerra e Paz
Anna Karenina
A morte de Ivan Ilitch

Dentro da literatura espírita pela psicografia de Yvonne Pereira, Célia Xavier de Camargo e Cirinéia Iolanda Maffei são atribuídas a ele as seguintes obras (clique nos títulos):


Saiba sobre o processo de criação deste doodle em:
http://tecnologia.terra.com.br/google-celebra-aniversario-de-leon-tolstoi-em-novo-doodle,28269186a2a58410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

domingo, 7 de setembro de 2014

As flores de Zezinho Bernardes

Artista encontra em Tiradentes um lugar perfeito para criar flores de papel
Zezinho Bernardes encontrou na comunidade de Bichinho, vilarejo próximo a Tiradentes, lugar perfeito para criar uma arte com papel crepom e matéria-prima natural como bambu

imagem: Zezinho e suas flores



Uma, dúzias, centenas e até milhares de flores de vários tamanhos, formatos e cores esperam pelos visitantes no ateliê de Zezinho Bernardes, no distrito Vitoriano Veloso, mais conhecido como Bichinho/MG. O lugarejo fica no município de Prados/MG, distante apenas 6 quilômetros da histórica Tiradentes, e ganhou fama graças ao trabalho de artesãos locais e forasteiros que escolheram ali para viver, como é o caso do mineiro de Arcos. Ele conta que chegou ao povoado em 1985, época em que ainda não havia luz elétrica na comunidade e quando conseguiu comprar um terreno de 700 metros quadrados por R$ 800. “Fui apresentado ao lugar por um amigo francês que tem fazenda nas redondezas e fiquei encantado. A vida aqui é simples, tranquila e cercada pela natureza que me inspira a criar”, afirma.

Zezinho saiu de Arcos/MG ainda bem menino, tanto que adota Lagoa da Prata/MG, segunda residência e onde cresceu, também como cidade natal. Foi lá que ele deu os primeiros passos rumo ā carreira artística, observando o trabalho da irmã Elza Bernardes, uma costureira de mão cheia e que até hoje veste a sociedade local. “Olhava de longe, né, porque naquela época menino não podia gostar dessas coisas”, lembra. Com a mudança para Belo Horizonte para estudar, o jovem pôde, enfim, trilhar o caminho escolhido. “Nasci artista, mas só na capital pude começar a trabalhar com o que queria. E assim comecei a costurar em paralelo ao curso de letras. Montei o Ateliê Enéas Bernardes e tenho no currículo vários trabalhos importantes, como um vestido todo branco encomendado para que Inimá de Paula pintasse em cima, além de várias noivas e vestidos de festa.”
Quanto às flores, elas chegaram na vida do artista quase por acaso. “Fui convidado por uma amiga, Maria Barbosa, para fazer o figurino de um bloco de carnaval que desfilava em Tiradentes. Fiquei lá por 15 dias e nunca mais quis voltar para a capital. Na região, trabalhei em restaurantes, pousadas e decorando andores para procissões, quando comecei a criar as flores de papel, muitas inspiradas nos buquês e arranjos de cabeça das noivas.” 

Trabalho para a TV O trabalho artesanal de criação de flores de papel crepom chamou a atenção da comunidade local, que passou a encomendar de Zezinho a decoração para casamentos, eventos da capela local (construída em 1822, como orgulha-se de dizer), festas da comunidade. E a produção nunca mais parou. “Naquela época não existia flora nem em São João Del Rey”, lembra. Habilidoso, o artista monta até 200 flores por dia, muitas vezes sentado em um sofá, de frente para a TV. A partir do papel crepom cria botões, rosas, lírios, tulipas, antúrios, cravos, copos-de-leite e mais uma infinidade de formas, algumas inventadas, em várias cores e tamanhos. Finaliza o trabalho com hastes de bambu colhidos no entorno da casa e costuma enriquecer os buquês com matéria-prima natural, como folhas de samambaia, jabuticabeira, papiro, trigo, e palha de milho. O material de trabalho é basicamente composto por tesoura e cola branca, e, expecionalmente, anilina e spray para resina. “Quando o papel crepom chegou ao Brasil trazido da França, no início do século 19, era moda as pessoas enfeitarem as casas com flores feitas dele. Tratava-se de um costume sofisticado”, conta.

Um belo dia, a produtora de arte Ana Maria Magalhães chegou ao pacato ateliê de Zezinho, viu as flores e fez uma encomenda. “Ela pediu que eu fizesse cinco balaios de flores que seriam usados na minissérie Memorial de Maria Moura, da TV Globo. Depois de uns anos voltou e encomendou mais 10 mil flores e assim por diante. “Já trabalhei para as minisséries Amazônia - de Galvez a Chico Mendes, JK e Hilda Furacão, para as novelas Sinhá Moça e Cordel encantado e para o filme Chico Xavier, entre outros”, descreve.

Além das encomendas para fazer a decoração de lojas locais, festas e eventos como casamentos (ele revela ter seis agendados até Fevereiro de 2015), Zezinho aplica as flores sobre objetos criados por ele, como luminárias feitas com canos de PVC, e também de artistas locais, a exemplo de painéis, mandalas, quadros e divinos em madeira. Todos os produtos ficam em exposição permanente no Ateliê Arte em Flores, pequeno cômodo que funciona como uma antessala da sua singela casa e onde ele recebe os visitantes. As flores são comercializadas avulsas, a preços que variam entre R$ 2,oo (o botão de rosa) e R$ 8,00 (o crisântemo grande) ou em buquês. Entre os próximos projetos do artesão está o ensino da técnica de criar flores de papel na escola de Bichinho e, quem sabe, formar novos artistas. “Já levei o projeto para a prefeitura”, avisa.


sábado, 6 de setembro de 2014

Guia mestre

imagem por JB Conrado - Guia Mestre


Vem para fora.
Levanta e anda.
Sai deste lugar.
Olhe para o Sol.

Liberte-se dos grilhões.
Dos vermes putrefatos.
Desate os nós.
Arranque as máscaras.
Expurgue o morcego falaz.
Cão tinhoso...

O Sol já está a pino.
Guia Mestre mostra a direção.
O caminho é estreito
e exige determinação.
Firmeza no pensamento.
A vereda é imparcial.
Segura e inabalável
e nos conduz a impecabilidade.

Imagem e texto de jbconrado


Fontes:
http://www.overmundo.com.br/banco/guia-mestre#-banco-36799
http://afonsotrabalhos.blogspot.com.br/2009/10/jb-conrado.html

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Iyengar: a luz da Ioga

Iyengar yoga: ensinamentos continuam sendo transmitidos mesmo após a morte do criador; conheça a técnica
Vertente terapêutica e acessível da milenar tradição hindu é uma oportunidade para promover o encontro do corpo com a mente


imagem por Zuleika de Souza/CB/D.A Press

Quando se fala em yoga, logo se imagina posições dificílimas, relaxamento e autocontrole. Poucos sabem, porém, de onde os ensinamentos vieram. Um dos responsáveis por aprimorar técnicas de ioga foi Yogacharya BKS Iyengar, falecido este mês em Pune, Índia. O legado, porém, continuará: para garantir que a Iyengar yoga continue sendo transmitida de modo fiel, ele criou diversas associações pelo mundo. Deborah Weinberg é presidente da Associação Brasileira de Iyengar Yoga (ABIY) e explica que o objetivo das entidades é formar professores capacitados. “O que o incomodava eram pessoas que faziam qualquer outra coisa e diziam que era Iyengar yoga”, frisa.

O nome do método surgiu a partir da popularização do guru: cada vez mais, as pessoas se interessavam em aprender a “yoga do Iyengar”. “Ele nunca quis inventar um método. Foi descobrindo coisas, formas de praticar”, completa Weinberg. As posturas difíceis estão lá, mas todas com embasamento quase científico, voltadas para a cura e a correção postural. Acessórios como fitas elásticas, cordas, almofadas e blocos são um diferencial em relação a outras abordagens. A ideia é que a prática seja inclusiva: com as ferramentas, não há restrições de peso ou idade que impeçam a execução dos movimentos.

Outro diferencial é o foco em alinhamento e precisão, o que aumenta a capacidade do aluno de permanecer na mesma postura por muito tempo. “Ele tinha uma mente muito científica e praticava intensamente a ioga”, completa Deborah Weinberg. “Ele entendeu como alinhar cada osso, como tornar as posturas mais fortes, revigorantes.” Luceni Bortolato, fisioterapeuta e professora de Iyengar yoga, ressalta que a prática meditativa a partir dos movimentos também é algo característico da modalidade. “Esta ioga é muito terapêutica. Muitos dos que a procuram já tentaram meditar e não conseguiram, porque o corpo incomoda.”

Articulações, musculatura, ligamentos e até mesmo órgãos internos são afetados pelos movimentos da Iyengar yoga. Contudo, para alcançar o verdadeiro estado meditativo, é preciso pelejar. Além das aulas, deve-se praticar os ensinamentos em casa, diariamente. “Sempre digo que a verdadeira ioga é quando você estica seu tapete, sozinho, e pratica”, ensina Bortolato. “É aí que você vê que, quando começa a praticar, a mente ‘foge’. É preciso aprender a resgatar a mente sozinho para depois descobrir o corpo.” Nas palavras do próprio Iyengar, a prática, para ter algum efeito, precisa ser “perseverante e prolongada”.

Tornar-se um instrutor é um longo caminho. São anos de treinamento ministrado pela ABIY, e o candidato precisa passar por uma prova. A instrutora de ioga Katia Gontijo, 51 anos, estuda há três anos para poder ensinar a Iyengar. A modalidade foi amor à primeira vista. Desde a primeira vez que a praticou, há 14 anos, não parou mais. “Vendi tudo o que tinha para me mudar para São Paulo e fazer o curso de formação”, completa. Além de todos os móveis, roupas e sapatos que tinha, Katia abriu mão de sua escola de balé para mudar de cidade e de profissão.

Em São Paulo, Katia fez parte de um dos primeiros grupos de formação do Brasil. À época, a modalidade ainda era desconhecida por aqui. Ela completou o curso e também se iniciou em outras modalidades da ioga. Desde então, suas atenções e energias estão totalmente voltadas para o aprofundamento na Iyengar yoga. “É um trabalho terapêutico muito forte e traz também questões de autoconhecimento.”

O método também mudou a vida de Alexandre Rocha, 47 anos. Há décadas, o radialista sofre de depressão. “Já fiz todas as formas de tratamento possíveis, inclusive psiquiátricos”, conta. Os remédios para controlar o humor tiveram como efeito colateral o ganho de peso. Para completar, os médicos avisaram que a depressão de Alexandre era refratária, ou seja, não responde a medicamentos. Há três anos, ele interrompeu os rémedios e mergulhou na ioga. “Comecei a fazer e me apaixonei perdidamente”, relembra. O processo de cura, como define Alexandre, começou no momento em que pisou na sala de aula. “Passei a dormir e a respirar melhor, a ter uma autopercepção maior. Nunca mais precisei de ansiolíticos ou soníferos. Os antidepressivos não me fazem mais falta.”

Embora não tenha um efeito de perda calórica significativo, a melhor percepção de si mesmo ajudou Alexandre a perder peso. “Foi uma consequência. Comecei a me cuidar melhor, a elencar coisas boas na minha vida e a me alimentar melhor.” Até agora, Alexandre já conseguiu eliminar 35kg. “Estou mais atento. A terapia me ajudou psicologicamente, e a ioga ajudou meu espírito. Parece sutil, mas mudar a percepção de si mesmo faz muita diferença.”


A longa vida de um guru
Nascido em 1918, o indiano B.K.S. Iyengar revolucionou a forma de praticar ioga. A partir das yoga sutras (posturas ensinadas na técnica), baseadas em precisão e alinhamento, os alunos passam por transformações mentais automáticas, que se refletem nos hábitos de vida. A característica inclusiva da Iyengar yoga não é por acaso: ainda na infância, Iyengar foi vítima de malária, febre tifoide e tuberculose. Aos 16 anos, ele conheceu a yoga e, aos 18, graças ao seu conhecimento de inglês, foi enviado a Pune para difundir a prática. Comprometido, ele treinava diariamente, por várias horas seguidas. Sua própria prática o ajudou a explorar e a atingir a perfeição. Seus ensinamentos foram publicados pela primeira vez em 1966 e, rapidamente, ganharam tradução em várias línguas. Em janeiro de 1975, Iyengar inaugurou o Ramamani Iyengar Memorial Yoga Institute (RIMYI), em Pune, em homenagem a sua esposa. Iyengar praticou o método até o último ano de sua vida: aos 95 anos, ele ainda era capaz de fazer a maioria das posturas, ainda que com certa dificuldade.

Fonte: site oficial B.K.S Iyengar Yoga.

Confira a galeria de imagens


Fonte do texto:
http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/09/04/noticia_saudeplena,150141/morre-criador-da-iyengar-yoga-mas-ensinamentos-continuam-sendo-transm.shtml

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Artesanato: Colchas puff

Olha que interessante e criativo são estas colchas criadas pela artesã americana Skyler Shourd.



Skyler tem um blog chamado Awaiting Ada ou Esperando Ada. 
A criação do blog foi a forma que ela encontrou para diminuir a ansiedade pela chegada de seu bebê, a Ada (dai o nome do blog) e também para ocupar aquilo que ela mesma chama de cérebro neurótico.

Segue o tutorial em vídeo, ou se preferir ...


Vale conferir outros  tutoriais:


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