segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A Ametista é o arquétipo da mãe, do útero, aquela que gera (1ª parte)

Amethysts - Guerrero Mexico por Didier Descouens

Ametista: A Grande Mãe

O nome vem do grego “amethystós” que significa “não-embriagado”. Usavam-na nas festas oferecidas a Dionísio por manter sóbrio seu portador.
Na Idade Média, a ametista foi mais cara do que o diamante. Era usada pelo alto clero e pela nobreza. Aparecia nós anéis de bispos, reis, príncipes e duques como símbolo do poder absoluto, pois quem conhecia o Espírito dominava a matéria.
Foi no início do século XX que a ametista se popularizou, devido à descoberta de jazidas fabulosas no Brasil. No fundo da terra descobriram-se gigantescos veios da pedra, com dezenas de metros, em placas de pontas de ametista. Pequenas grutas e cavernas interiormente forradas com ela também foram encontradas, além de outras rochas enormes, todas com terminações piramidais voltadas para a superfície ou "para o Sol", segundo os índios.
Suas camadas internas de cor violeta e púrpura se alternam harmoniosamente com camadas incolores, brilhantes e transparentes, formando um conjunto de grande beleza.
Costumam ser mais caras as de maior densidade escura, as quais mantêm a transparência e emitem poderosamente o reflexo da luz.
Depois do cristal branco, a ametista é a principal pedra da Tradição mágica ocidental. É essa pedra sagrada que emite o raio violeta que, no ocultismo, é a vibração especial capaz de potencializar nossa consciência superior, produzindo a espiritualização da mente e estados alterados de consciência.
A ametista abre o cético para a compreensão mágica do Universo, apurando sua sensibilidade espiritual, permitindo-lhe o acesso a realidades invisíveis. Os estados de consciência comum, em vigília, começam a sofrer “insights” do contato com outra dimensão mais sutil.
Os alquimistas escreveram sobre a "ametista interior". Ela seria o centro onde estão armazenados, no fundo de nossa alma, riqueza espiritual, pureza, elevação e poderes místicos.  A ametista é a chave deste cofre. Representando o estágio mais elevado do inconsciente humano, é sob seus efeitos vibratórios que o inconsciente começa a liberar pérolas de sabedoria à consciência comum.
Na Tradição oriental, a ametista é a pedra do sexto chacra, o Ajna ou Frontal, mais conhecido como Terceiro Olho ou Olho de Shiva. Esse chacra é o habitáculo da alma, sede do espírito encarnado, que se encontra cego porque, num corpo material, o olho da alma superior costuma permanecer fechado. Mas, uma vez aberto, obtém-se a visão das realidades multidimensionais do Universo e a sabedoria que consequentemente dela advém.
Além de abrir a Terceira Visão, a ametista é uma pedra lunar. Sob as influencias da Lua, que é, simbolicamente, uma de suas divindades regentes, esta pedra sagrada nos desperta para o lado feminino do Universo. Isso significa despertar no ser humano suas faculdades mágicas latentes: intuição superior, sonhos inspirados, dons de premonição, sexto sentido, compreensão subjetiva, visões astrais, transes místicos. Ela nos abre para o poder das emoções elevadas, para a sensibilidade espiritual e o prazer.
Todas essas capacidades estão ligadas à abertura do Olho de Shiva. Não é à toda que as ciganas utilizavam-na para estimular o dom da interpretação dos sonhos, da adivinhação e da leitura da aura.
A ametista, como o eu superior da ágata (também ligada à Terceira Visão), estimula a realização plena da mulher, assim como abre o feminino mágico no homem.

- A ametista é uma lição de humildade. Ao nos mostrar o infinito da divindade que nos cerca, ela nos mostra como o ego é ridículo. Revelando-nos a eternidade, dons mágicos, um Universo vivo e consciente, nos faz ver quanto é pueril nossa ilusão do que somos e do que pensamos cotidianamente.
Mas se ela ensina a humildade e o despojamento, também nos consola na aflição, mostrando quanto transcendemos aos problemas que nos abatem. A ametista é uma pedra consoladora em nossas dores, capaz de proporcionar alívio nos momentos de angústia.
Se nos falta dinheiro ela diz:  "Que é isso ante a riqueza infinita de seu verdadeiro Ser?".
Se perdemos alguém que entrou na morte, ela explica: "Foi agora que ele realmente nasceu, está livre". Se estamos com uma doença grave, ela ensina: "A dor da purificação é aquela que precede a felicidade infinita". A ametista torna livre os que estão presos à cama, por alguma doença, abrindo-lhes uma janela para o Universo espiritual.
- A ametista é a porta para a nossa suprema realização interior - disse o Velho.
- É a pedra do reencontro com nosso verdadeiro Ser.
Revelando a grandiosidade do infinito como qual, na verdade, somos Um, a ametista nos dá paz interior. Afasta o egocentrismo, oferecendo-nos a visão de nossa própria majestade espiritual. Revela que tudo é sagrado no Universo. Gera em nós auto-suficiência na liberdade de nosso Espírito Eterno. Aquieta o barulho do ego com o silêncio espiritual, através do qual podemos ouvir o conhecimento dos anjos. Sabe qual é a sensação daquele que vê o Universo com os olhos da alma? Harmonia profunda.

Chakra correspondente: 6º Ajna (Frontal)
Sephira: 3ª  Binah
Signos: Principalmente Sagitário, Aquário e Peixes, mas se relaciona com todos os demais
Elemento: Água
Cor: Índigo-violeta
Arma simbólica: Rosacruz
Perfume: Mirra
Plantas: Cipreste, Carvalho
Luz: Paz na sabedoria
Deus Regente:O arquétipo da Deusa Mãe, nas diferentes culturas

Continua aqui e aqui

Fonte: A Sabedoria das pedras- Francisco Boström - Circulo do Livro 1994

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